As seguradoras enfrentam um dilema eletrizante com carros elétricos
Apesar da crença comum de que os veículos eléctricos são económicos em termos de custos de combustível e manutenção, algumas seguradoras começaram a divulgar despesas adicionais relacionadas com a cobertura destes automóveis. Estes custos podem incluir questões relativas à viabilidade de reparação e diretrizes rigorosas estabelecidas pelos fabricantes de veículos, o que poderia potencialmente resultar num aumento significativo nos prémios cobrados pelas companhias de seguros.
MG4 XPower//Fonte: este site
A consideração do custo total de propriedade além das despesas iniciais de aquisição é essencial ao avaliar as opções de transporte. Neste contexto, os custos operacionais associados à manutenção, abastecimento e seguro dos veículos são factores cruciais a considerar. O carro elétrico surge como uma opção mais favorável em comparação aos automóveis tradicionais movidos a motor de combustão interna devido aos menores requisitos de manutenção, menor consumo de combustível e prêmios de seguro normalmente mais baratos. Apesar do aumento dos preços da energia, estas vantagens contribuem para poupanças globais ao longo do tempo, tornando o carro eléctrico uma escolha prática.
No entanto, observou-se que algumas seguradoras têm demonstrado relutância em cobrir veículos eléctricos, como evidenciado por relatórios publicados nas plataformas Vroom e Automobilwoche.
Pesadas restrições técnicas e financeiras para as seguradoras
A recusa em fornecer cobertura para modelos específicos de veículos ou aumentar os prémios é uma forma de coerção que decorre de vários fatores, nomeadamente os relacionados com problemas de bateria, a viabilidade de reparação de componentes exteriores e a aquisição de peças de substituição.
Os prazos alargados para a aquisição de componentes e o aumento dos custos associados à mão-de-obra começaram a onerar as seguradoras. Além disso, as restrições impostas aos fabricantes relativamente aos veículos eléctricos estão a exercer pressão sobre a sua situação financeira. Especificamente, nos casos em que um airbag é acionado durante um acidente, o veículo é considerado inaproveitável devido à ordem de certos fabricantes que exige a substituição de toda a bateria como medida de precaução, mesmo quando esta não tenha sido afetada.
Uma regra do fabricante que representa um problema
A presença desta restrição representa um desafio significativo para as seguradoras, uma vez que não conseguem realizar uma avaliação da bateria antes da sua substituição. Consequentemente, o veículo é considerado uma perda irrecuperável para a seguradora. Esta situação tem o potencial de se intensificar com o tempo, culminando em última análise numa nova crise em torno dos carros elétricos.
Atualmente, existem métodos disponíveis para realizar diagnósticos precisos da condição de uma bateria, o que é ainda agravado pelas altas despesas de fabricação e prazos de entrega estendidos para componentes e mão de obra.
Modelos não seguráveis: o caso das marcas chinesas
Certos modelos de veículos eléctricos, especialmente os fabricados por empresas chinesas, foram universalmente recusados para cobertura pelas seguradoras, de acordo com um relatório da Autoexpress. As redes de reparação utilizadas pelas seguradoras enfrentam desafios significativos ao lidar com estas marcas automóveis devido a questões relacionadas com a disponibilidade de peças e suporte técnico limitado. Consequentemente, estes fatores colocam barreiras formidáveis que impedem a viabilidade de tais veículos no âmbito dos bens seguráveis.
A situação acima mencionada estende-se além dos novatos na indústria automóvel, abrangendo estabelecimentos conceituados como a BYD, a ORA (uma subsidiária da Great Wall Motor que ainda não penetrou no mercado francês) e até mesmo a MG. Consequentemente, os prestadores de seguros são confrontados com um dilema, obrigados a recusar a cobertura para modelos específicos ou a aumentar os prémios para ter em conta os riscos inerentes associados aos veículos eléctricos.
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