Contents

Aldeões se unem contra decreto ministerial que bloqueia instalação de antena 4G!

/images/c72c8666a3304711866a0444e066072779bea60d63d77667fb6e9d4f81732ed4.jpg Uma antena de relé 4G © EBASCOL/Shutterstock.com

**A encantadora cidade de Nançay, em Cher, enfrenta uma situação única em que a presença de uma estação de radioastronomia interrompe os sinais móveis, privando os residentes de serviços essenciais como o 4G. **

Em Nançay, a ausência de uma rede móvel, que é atribuída a uma estação de radioastronomia, criou um verdadeiro dilema durante três anos, e essa é uma palavra fraca. Os habitantes vivem numa área branca onde até serviços essenciais como GPS e números de emergência são inacessíveis a partir do telemóvel. O prefeito, Alain Urbain, relata a necessidade de deixar a cidade para operações bancárias muito básicas e menciona o risco aumentado em caso de emergência médica, para os seus 850 cidadãos. Apesar da elegibilidade para um programa governamental, a resolução parece fora de alcance, por culpa de um decreto ministerial.

Uma comunidade 4G privada

A tranquila Nançay, outrora conhecida pelo seu observatório científico, é agora palco de uma batalha tecnológica. Os moradores se veem em uma situação paradoxal, incentivados a colocar o celular em modo avião antes mesmo de chegar lá, para não esgotar a bateria em pouco tempo. Nós vamos explicar para você.

A aldeia, privada de 4G devido à estação de radioastronomia, destaca-se como uma zona branca onde todos os serviços móveis estão inoperantes. Essa restrição drástica traz desafios consideráveis ​​para o dia a dia dos moradores, que estão muito incomodados e que só pedem uma coisa: que seja instalada uma antena retransmissora 4G em seu município.

O prefeito de Nançay compartilhou sua frustração ao falar sobre a dificuldade em realizar suas operações bancárias. Mas é o uso geral de identidades digitais que se torna um desafio fora dos edifícios com rede Wi-Fi. As situações de emergência são necessariamente preocupantes, como salienta o autarca. Na ausência de uma rede móvel 4G, os residentes não conseguem contactar facilmente os serviços de emergência no exterior, o que cria uma situação provocadora de ansiedade que, com o tempo, já não conseguem tolerar. Bastien Delalande, responsável pelos serviços técnicos da aldeia, é obrigado a ter as suas equipas a trabalhar em pares para antecipar quaisquer problemas graves.

/images/a68e21dc11cf4e16dca5a7684f1a7be4379738c27a86456852bdd977bf7b89b6.jpg © Dani Afrian/Unsplash

Um decreto e um observatório radioastronômico que estragam um pouco a vida dos habitantes

Os comerciantes e empresas locais, como o Café du Centre e a sucursal Covi, enfrentam dificuldades consideráveis. O Wi-Fi gratuito está se tornando uma forma de reter clientes, mas os problemas de conectividade persistem fora dos edifícios. A situação também afeta setores críticos como o delivery, onde os motoristas perdem muito tempo procurando rotas sem GPS, levando à perda de produtividade diária, privando ainda mais o município de serviços.

Lamentavelmente, apesar dos numerosos pedidos dos habitantes locais, um decreto ministerial promulgado em 2010 proíbe a instalação de até mesmo uma única antena retransmissora dentro da aldeia devido à servidão electromagnética predominante que se estende sobre o Observatório Radioastronómico de Nançay. Esta servidão foi concebida para salvaguardar as antenas de radiotelescópio do observatório contra potenciais perturbações originadas por dispositivos de transmissão e aparelhos eléctricos próximos, situados num raio de 3 quilómetros e 1 quilómetro, respectivamente.

No essencial, existe uma ausência de cobertura de rede móvel em Nançay, impedindo não só novas instalações por parte dos operadores, mas também a participação na iniciativa New Deal Mobile 2020 que visa combater as zonas brancas-regiões privadas de acesso às telecomunicações. A comunidade continua esperançosa de que medidas rápidas e práticas serão tomadas pelas autoridades relevantes para resolver esta questão.

Fonte: Le Figaro

*️⃣ Link da fonte:

Le Figaro,