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Amazon em apuros por causa do escândalo de vigilância de funcionários, enfrenta multa pesada da Agência Francesa de Proteção de Dados

/images/fedee00e84a115988e949abc2e139ccbbd6241ba891726fbf14d67604ae9edf4.jpg Um armazém da Amazon © MargJohnsonVA/Shutterstock.com

A CNIL acaba de anunciar que a Amazon será multada em 32 milhões de euros. A empresa de Jeff Bezos é acusada de ter levado longe demais a vigilância de seus funcionários.

A CNIL, o órgão regulador francês que supervisiona a tecnologia da informação e as liberdades individuais, já aplicou sanções contra várias organizações por violações relacionadas com o tratamento de dados pessoais. No entanto, estas sanções foram relativamente moderadas em comparação com a recente decisão tomada pela CNIL em relação à empresa multinacional de comércio eletrónico Amazon.

Multa de 32 milhões de euros

Após a recepção de inúmeras reportagens nos meios de comunicação social levantando preocupações sobre o tratamento dispensado pela Amazon aos seus trabalhadores, a autoridade francesa de protecção de dados, a CNIL, conduziu uma investigação sobre o assunto. As descobertas revelaram casos de práticas de monitorização excessivamente intrusivas por parte do gigante tecnológico, levando à imposição de uma pesada multa de 32 milhões de euros.

Na sua opinião, os funcionários eram submetidos a um escrutínio constante durante a execução de tarefas utilizando dispositivos de digitalização, resultando numa quantidade significativa de stress que lhes era imposta. Por outro lado, a Amazon contesta as conclusões da autoridade francesa de proteção de dados (CNIL), afirmando que a sua conclusão se baseia em factos erróneos, e reserva-se o direito de interpor recurso.

/images/2abd4ff11a4188eea6c64c7ba60c2f3a26b12f6de04fe0b68b62c1540334da0e.jpg © Frederic Legrand-COMEO/Shutterstock.com

Várias deficiências observadas

As violações acima mencionadas vão além da mera supervisão excessiva das atividades e desempenho dos funcionários, conforme identificado pela CNIL. Foram observadas medidas insuficientes da organização para garantir o acesso ao seu software de videovigilância, juntamente com a divulgação inadequada fornecida ao pessoal temporário relativamente ao tratamento dos seus dados pessoais. Além disso, existe uma ausência de comunicação abrangente que informe tanto os colaboradores como os visitantes externos sobre o funcionamento do sistema de videovigilância da empresa.

A multa aplicada foi determinada de acordo com o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) e equivale a três por cento da receita anual da Amazon France Logistique. Esta sanção está dentro dos limites prescritos pelo GDPR, limitando a possível multa a quatro por cento do rendimento anual da empresa. Esta decisão representa um resultado invulgarmente severo, conforme relatado pela Agence France-Presse e pelo Le Monde.

Fonte: CNIL, Le Monde

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