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Carros elétricos movidos a metais preciosos?

/images/a952b7d09e2553609deadd688510e288f6ed340700c7f9fd1a654ccd261433a4.jpg Os resultados fiscais não estão realmente à altura devido à proliferação de VEs no mercado © Moritz Denke/Shutterstock

Este é um debate quase interminável: os carros eléctricos são a solução e estão a estender um tapete vermelho para a saúde da economia francesa? Nada menos certo.

A transição do sector automóvel francês para os veículos eléctricos apresenta uma consideração importante. Prevê-se que haverá 13 milhões de VE nas estradas do país até 2030, pelo que seria imprudente evitar esta questão. Em particular, refere-se às implicações para a política fiscal. As taxas impostas às fontes tradicionais de combustível têm sido altamente benéficas para o erário nacional. No entanto, este status quo parece estar a mudar e permanece incerto se estas mudanças produzirão resultados positivos.

Eletrificação e seus impactos

Um estudo recente realizado pela Direção Geral do Tesouro examinou as implicações económicas associadas à mudança para a neutralidade carbónica e os seus potenciais efeitos nas receitas fiscais geradas pelo consumo de combustíveis fósseis. Especificamente, a análise teve como objetivo avaliar as consequências financeiras da transição para um sistema de energia totalmente elétrico. Nomeadamente, em 2019, a contribuição média do TICPE (anteriormente conhecido como Imposto Interno sobre o Consumo de Produtos Petrolíferos) para os fundos públicos ascendeu a 52 euros por megawatt-hora. Em sentido inverso, nesse mesmo período, o TICFE (Imposto Interno sobre o Consumo Final de Energia Elétrica) manteve-se relativamente estável, a uma taxa de 22 euros por unidade.

Considerando a tendência crescente do carregamento sem fios e o seu impacto potencial no aumento das vendas de veículos eléctricos (VE) em França, é concebível que possa haver implicações de longo alcance. À medida que o número de VE continua a crescer, poderão representar até 15% da frota automóvel total do país até 2030. Este cenário resultaria num benefício financeiro substancial para os carros eléctricos, estimado em mil milhões de euros. Por outro lado, esta mudança dos tradicionais motores de combustão interna levaria a uma perda de aproximadamente 14 mil milhões de euros em receitas provenientes de impostos sobre a produção de energia térmica.

/images/f7221967d72b0daf08fc209bcb1704a0de141e2ed5ba6d565821709a1594d843.jpg Até a Noruega, que estava na vanguarda desta tecnologia, está a ver as suas receitas de veículos elétricos despencarem.

Um novo sistema tributário como solução?

A progressão futura dos acontecimentos não pode ser imaginada sem o reconhecimento de que o governo francês deve reavaliar as suas políticas fiscais. A Noruega, um país inovador na adopção de veículos eléctricos, registou uma redução substancial nas receitas provenientes dos impostos sobre os combustíveis para motores. As perspectivas para França também parecem sombrias, com as previsões a sugerirem um défice de trinta e três mil milhões de euros até 2050 – o que se aproxima da actual dotação anual para o financiamento nacional da educação.

Como podemos enfrentar eficazmente os desafios financeiros enfrentados pelo governo francês na tentativa de equilibrar a sustentabilidade ambiental com o crescimento económico, particularmente no que diz respeito a fontes alternativas de energia e métodos de transporte? Este é um assunto complexo que requer consideração cuidadosa e planejamento estratégico.

Fonte: Automóvel Próprio

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