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CEO da Renault revela plano para combater a invasão chinesa de veículos elétricos na Europa

Luca de Meo, CEO da Renault, expressa preocupação relativamente ao cenário competitivo da indústria automóvel europeia devido ao aumento da concorrência chinesa. Para enfrentar este desafio, propôs um plano estratégico que se concentra em melhorar a posição da empresa e fortalecer a sua presença no mercado.

/images/essai-renault-scenic-electrique-8-1200x801.jpg Renault Scenic Electric//Fonte: este site

Em conversa com o jornal Le Monde, Luca de Meo, Diretor Geral da Renault e Presidente da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), transmitiu as suas apreensões relativamente à concorrência da China no setor automóvel.

Na sua opinião, considera que a presente disputa é injusta e exige ações para salvaguardar o setor industrial europeu.

“Queremos uma concorrência leal com a China. Mas este não é”

Luca de Meo enfatizou a necessidade de uma concorrência leal com a China na indústria automóvel, destacando a significativa vantagem de custos desfrutada pelos fabricantes chineses em relação aos seus homólogos europeus. Segundo ele, estas empresas têm uma vantagem competitiva de cerca de 6.000 a 7.000 euros por veículo, o que equivale a cerca de 25% do preço global.

Além disso, deve notar-se que o governo chinês concedeu aproximadamente 110-160 mil milhões de euros em subsídios ao seu sector industrial, enquanto os EUA fornecem assistência substancial às suas indústrias através de isenções fiscais ao abrigo da Lei de Redução da Inflação. Além disso, isto levou a União Europeia a realizar uma investigação e a considerar a imposição de tarifas mais elevadas.

O CEO da Renault abordou a questão dos gastos com energia, lembrando que eles são significativamente menores na China e nos Estados Unidos em comparação com a Europa. Na sua declaração, afirmou que “o custo da energia é consideravelmente mais baixo tanto na China como nos Estados Unidos quando comparado com a Europa.

“O que estou propondo são regras bastante novas”

Perante esta situação, Luca de Meo propôs um plano estratégico para a indústria automóvel europeia. Ele afirmou: “Em vez disso, o que proponho são novas regras”. Ele sugeriu a criação de zonas económicas verdes, onde os impostos e os custos da folha de pagamento seriam reduzidos durante dez anos, e onde os ganhos de capital seriam isentos de impostos. Ele também apelou a uma abordagem defensiva temporária para proteger a indústria europeia.

Luca de Meo também mencionou a dependência da Europa de fornecedores chineses para a construção de carros elétricos: “É verdade que estão uma geração à frente do carro elétrico. Eles controlam as minas, a química e o refino dos produtos necessários para fabricar baterias”. No entanto, sublinhou que os europeus não desejam envolver-se nestas actividades poluentes.

Um apelo à ação urgente da União Europeia

Luca de Meo enfatizou a necessidade de uma intervenção imediata da União Europeia para salvaguardar o futuro do sector automóvel europeu e garantir condições de concorrência equitativas na concorrência contra os fabricantes chineses.

Numa declaração profunda, proclamou que é imperativo que abordemos a questão da China, pois é necessário que haja concessões mútuas entre ambas as partes envolvidas. Além disso, enfatizou a importância da adaptação dos países europeus à evolução das cadeias de valor no sector automóvel, o que inclui aspectos como a electrificação, o desenvolvimento de software, a infra-estrutura de carregamento de baterias e a promoção de práticas sustentáveis.

*️⃣ Link da fonte:

ao jornal Le Monde,