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Cambridge lança OLEDs azuis inovadores para painéis mais duradouros e eficientes

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Uma equipe liderada pela Universidade de Cambridge desenvolveu um novo método para criar painéis OLED que simplifica o projeto de diodos emissores de luz azul de alta eficiência. Esta inovação representa um avanço significativo no campo da tecnologia OLED e pode resultar na produção de ecrãs com maior durabilidade e melhor qualidade de imagem em comparação com as ofertas atuais.

Num artigo publicado na Nature Materials, os investigadores das Universidades de Cambridge, Imperial, Loughborough e Northumbria descrevem uma nova configuração de díodos orgânicos que poderia permitir a criação de sistemas mais simples e menos dispendiosos, capazes de emitir luz azul mais pura e estável.

Um display OLED consiste em pixels individuais, cada um composto por três subpixels que emitem luz vermelha, verde e azul, permitindo a exibição de uma ampla gama de cores por meio do processo de síntese aditiva. Dentre esses subpixels, o subpixel azul apresenta o maior grau de instabilidade em suas propriedades emissivas, tornando-o mais suscetível a fenômenos de burn-in, que resultam em imagens fantasmas persistentes na tela. Esta questão tem sido cada vez mais reconhecida como um desafio significativo para a tecnologia OLED.

Um Diodo Emissor de Luz Orgânico (OLED) consiste em uma estrutura imprensada composta por camadas de material semicondutor orgânico posicionadas entre dois eletrodos. A camada emissiva, responsável pela produção da radiação visível mediante aplicação de eletricidade, está situada centralmente e contém moléculas cuja composição determina o comprimento de onda da radiação emitida. No entanto, as eficiências ideais raramente são alcançadas, pois existem processos dissipativos resultantes da perda de energia térmica, levando à degradação da integridade do OLED ao longo do tempo. Além disso, certos materiais exibem o efeito Dexter Electron, facilitando a transferência de energia sem acompanhar a emissão de fótons, particularmente no contexto de materiais emissores de luz azul. Consequentemente, isso reduz o desempenho geral e a vida útil do O

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O dispositivo emissor de luz orgânica fluorescente (OLED) de classe sensibilizada por fluorescência retardada termicamente ativada (TADF), que é principalmente capaz de produzir luz azul de alta pureza, apresenta uma perspectiva intrigante para enfrentar o desafio em questão. No entanto, apesar do seu potencial, continua incapaz de resolver o problema crítico da transferência de electrões de Dexter, mesmo quando se utilizam matrizes para separar moléculas. Esta abordagem, embora eficaz em alguns aspectos, também aumenta a complexidade global da produção e aumenta tanto o custo como a complexidade, apresentando assim desafios significativos à produção em grande escala.

Para resolver o problema da emissão ineficiente de luz azul, os investigadores desenvolveram uma solução inovadora que envolve a síntese de um novo composto que apresenta um perfil de emissão altamente focado. Este material avançado foi projetado para produzir um tom de azul significativamente mais puro em comparação com os padrões atuais da indústria. Ao encerrar a camada emissiva dentro de duas barreiras isolantes compostas por alcenos, a perda total de energia foi substancialmente reduzida. Além disso, estes isoladores apresentam uma estrutura simplificada para implementação, uma vez que os alcenos estão prontamente disponíveis e não necessitam da fabricação de matrizes complexas.

Espera-se que a diminuição da dispersão de energia resulte num aumento da eficiência e na redução do consumo, ao mesmo tempo que produz emissões mais limpas, levando a uma melhor qualidade de cor em comparação com as soluções atuais. Estas vantagens muitas vezes impulsionam o sucesso comercial, e é por isso que antecipamos o uso desta inovadora tecnologia OLED em futuros painéis de televisão, monitores e dispositivos eletrônicos.

*️⃣ Link da fonte:

Em artigo publicado na Nature Materials , A abordagem adotada pelos pesquisadores,